terça-feira, 15 de junho de 2010

O carrasco da imprensa

Ricardo Barbara

Na última entrevista coletiva antes da estreia do Brasil na Copa do Mundo, o técnico Dunga pouco falou sobre o jogo contra a Coreia do Norte, que será realizado nesta terça-feira, em Joanesburgo. Gastou mais tempo justificando seu método de trabalho e defendendo o grupo que está na África do Sul, muitas vezes com ironia. Um dos principais temas abordados pelos jornalistas foi a opção por treinos fechados às vésperas do primeiro jogo no Mundial. No fim de semana, a imprensa ficou fora das duas atividades realizadas, foram três treinos em Joanesburgo, no total, sem a presença de jornalistas.

"Talvez o Rodrigo Paiva (diretor de comunicação da CBF) não tenha falado, por ser muito educado e não querer conflito. Mas não é treino fechado. É treino privado. Porque se quisermos fazer alguma coisa diferente, parar toda hora para treinar algo, acaba não digo atrapalhando, mas disturbando (sic). Claro que no jogo tem gente, mas é diferente. Vocês não dizem que o jogador tem que ter criatividade? Então vocês usem a criatividade para escrever também", disse o técnico


Um jornalista italiano tentou definir o perfil da seleção brasileira. Citou alguns jogadores convocados por Dunga que jogam na Itália ao perguntar se o time sofria influencias daquele país, com tradição de jogar retrancado e sair no contra-ataque. O técnico preferiu analisar de outra forma.

"Eu diria que Inter e Roma têm mentalidade brasileira. Há mais de 40 anos o Inter de Milão não conquistava a Liga dos Campeões (45 exatamente). Ganharam com Julio Cesar, Maicon e Lúcio, nosso capitão. Há quanto tempo o Roma não brigava pelo título do Campeonato Italiano? É tudo uma questão de ponto de vista. Você vê por um lado e eu vejo por outro" respondeu Dunga.

A imprensa pode estar travando uma batalha com o técnico da seleção, que pode ser acusado de ser conservador e pouco fazer questão de dar satisfações aos jornalistas, porém, é inegável que até o momento o trabalho de Dunga vem dando resultados, e o ex-jogador parece estar focado em um só objetivo : o Hexa.
Será Dunga o herói do ano ? Ou vai ser o vilão desta Copa ?
Resta começarmos a ver a partir hoje o resultado de quatro anos de treinamento do tão criticado técnico da seleção brasileira.

Abaixo, uma das costumeiras discussões entre o técnico e os jornalistas.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Por quem o coração bate mais forte ?

icardo Barbara

Não pude deixar de pensar nisso quando, em uma padaria, ouvi alguém dizer

"Ver a seleção brasileira é uma das atividades mais europeias que um brasileiro pode fazer. Eu, como brasileiro, não gosto de ser representado por gente que não mora no meu país."

Em época de Copa do Mundo, é sempre a mesma coisa, a mídia toda só fala de seleção brasileira, mostra as cores do nosso país mais claras do que nunca e repete sempre o mesmo discurso de amor pela seleção, acreditando que essa ainda é a maior paixão do brasileiro por algo de seu país. Verdade seja dita, a torcida pela seleção brasileira deixou de ser unanimidade no conceito do torcedor. Aqueles que acompanharam Copas de gerações passadas podem dizer melhor do que ninguém como era vibrar pela seleção brasileira. Cada gol era como se o torcedor tivesse ganhado na loteria.

O mesmo não acontece nos dias atuais. Em época de Copa, é frequente fazer aos amigos a mesma pergunta : "Você prefere ver a seleção ser campeã ou o seu clube ?".  Pode anotar, você terá muito mais declarações de amor ao clube do que a nossa seleção. Quais motivos será que levam o brasileiro a torcer mais para o clube ?
Não é muito difícil imaginar.

O torcedor passa muito mais tempo durante o ano acompanhando seu clube do coração. A proximidade com o time também está maior do que nunca. O torcedor ainda vai ao estádio, acompanha bem de perto cada jogador do seu time.
Antigamente, o torcedor disputava com a torcida rival quantos jogadores do seu time iam ser convocados para a seleção. Era o orgulho de cada amante de um clube. Hoje, não é difícil ouvir um torcedor achar ruim a convocação de seu jogador favorito pelo tempo que ele gastará fora do clube, a simples pausa das competições nacionais para a exibição da Copa do Mundo fizeram muitos chiarem.
A internacionalização de nossos jogadores parece ser o fator crucial para o aumento do desinteresse pela seleção brasileira. Pergunte aos que pouco acompanharam futebol nos últimos anos onde cada jogador da seleção da Era Dunga jogava antes de ir para o exterior. A maioria não saberá responder.

Parece que a seleção canarinho já não disperta no brasileiro a vibração de antes. Por outro lado, fortalece a vibração de cada torcedor por seu time do coração.



Para ilustrar, as glórias de Kaka com a Seleção Brasileira e com o seu clube do coração.
O São Paulo ? Não, o  Milan. E o Real Madrid.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Os perigos do coração torcedor


Às vésperas do Mundial, todo cuidado é pouco. Não apenas para a seleção brasileira que se prepara para a competição, mas principalmente para os torcedores que sofrem emoções fortes durante a Copa.


O futebol é uma atividade com momentos apoteóticos, que dá ao torcedor muita adrenalina, energia. Diferentemente de jogos como o xadrez e a dama, é impossível não vibrar com um drible bonito ou não celebrar o famoso “GOLAÇO”. Mesmo assim, profissionais da área de medicina advertem para esses momentos intensos.

A questão, já foi amplamente discutida outras vezes. Recentemente, o jornal A Tribuna divulgou as conseqüências da paixão desmedida pelo esporte. Pesquisas feitas pela Sociedade Brasileira de Cardiologia comprovaram que o período de COPA do mundo pode aumentar os riscos de doenças cardiovasculares e ataques cardíacos. Segundo o médico gaúcho Leandro Zimerman, membro do conselho da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), uma boa alimentação,a prática de exercícios e a tranquilidade são ferramentas indispensáveis antes,durante e depois da copa. Como prevenir é melhor do que remediar vale a pena mesmo relaxar e esperar calmamente a taça e o hexa.

Postado por Ingrid Rolemberg

Simplesmente Kaká



Em meio a contusões e dúvidas, Kaká tem mostrado a toda nação brasileira que a Copa do Mundo pode reservar muitas surpresas. Boas surpresas. O meia que chegou a causar muita preocupação para a sua boa apresentação nos gramados africanos está demonstrando avanços na recuperação de alguns problemas físicos


Na vitória do Brasil sobre o Zimbábue de 3 a 0, Kaká suportou confiante o ataque duro dos adversários. Já hoje, dia 7 de junho, no último amistoso do Brasil antes da estréia, Kaká arriscou algumas de suas arrancadas clássicas e marcou o quarto gol da seleção contra a Tanzânia. Lembrando é claro, que o Brasil, ganhou do time de lavada, 5 a 1.

Parece que a atuação do meia em campo vem para confirmar a boa decisão de Dunga em escalar o jogador para o maior encontro de craques do futebol do mundo. Restam apenas três dias para o início da Copa do Mundo, três dias para muita emoção, três dias para esperar, vibrar e torcer no melhor estilo brasileiro pelo hexa: de verde e amarelo, coroado por cinco estrelas.

Postado por Ingrid Rolemberg

Coreia: "Podemos vencer o Brasil"

"Pouca gente conhece a gente. Podemos vencer o Brasil". Foi com essa declaração que o atleta Jong Tae-Se, atacante do Kawasaki Frontale (JAP), supreendeu cerca de 50 jornalistas de diversas nacionalidades que estavam presentes na breve coletiva de imprensa da seleção norte-coreana.

Na ocasião, a Coreia do Norte ofereceu as primeiras imagens e declarações oficiais da preparação dos atletas coreanos para o Mundial, que terá como primeira advesrária a seleção brasileira, no dia 15 de Junho.

Depois de 16 minutos de entrevistas e fotos, os jornalistas foram retirados pela força de elite da polícia sul-africana, que não hesitou em interromper gravações de tv para fazer cumprir o prazo estabelecido para a mídia. A colteiva foi realizada no local de treino de acesso mais complicado entre os campos de Johanesburgo.

"Não sei o motivo de estarmos trabalhando fechados. Deve ser por segurança. Mas queremos mostrar nesta Copa uma outra cara do nosso País", disse o jogador Jong, conhecido também como Rooney da Coreia do Norte.